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Focos de dengue podem se formar durante viagem de férias
Publicado por Sorrir de Novo em Saúde | 0 comentários
Casas vazias neste período de chuvas tendem a formar criadouros do mosquito.
Muitos brasileiros estão aproveitando as férias escolares para viajar e deixam suas casas sozinhas. Este comportamento pode representar um risco, pois com o início do período chuvoso, criadouros do mosquito Aedes aegypti podem se formar silenciosamente. A orientação dada pelo Ministério da Saúde é de que, toda semana, os proprietários façam uma revisão dos possíveis focos do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.
A auxiliar administrativa Teresa Fortes esteve por mais de duas semanas fora de casa, pois passou a virada de ano no Rio de Janeiro. Ela conta que o maior desafio na sua região, bairro Campestre, zona Leste de Teresina é a constante falta d’água; por isso, ao guardar a água em reservatórios, é necessário o máximo de cuidado para não permitir a formação de foco do mosquito. “Nos últimos meses, estamos trocando os baldes antigos por novos que já vêm da loja com tampas. Isso é um ponto importante para não deixar a água parada e facilitar a ação do mosquito”, afirma.
O supervisor e agente de endemias da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Antônio Fontenele, alerta que uma viagem é tempo suficiente para a formação de focos do mosquito Aedes aegypti. Por isso, ele afirma que os cuidados devem ser tomados antes e depois das viagens, mais constantes nessa temporada de férias escolares.
“Antes de viajar, é necessário tirar a tampa dos ralos e colocar um saco plástico, para evitar o acúmulo. Vasos sanitários sem tampa também merecem um cuidado especial e devem ser cobertos com um saco ou de alguma outra forma. Na volta, deve-se conferir as bandejas da atrás da geladeira, pois acumulam água também”, exemplifica Antônio.
Além dessas recomendações, o agente afirma que já encontrou muitos focos em calhas com galhos e outros objetos que podem impedir a passagem da água. “Com as chuvas irregulares, temos que dobrar a atenção, pois certos pontos acumulam sem nem a gente imaginar, como numa tampinha de garrafa”, completa.
No caso da Dona Teresa, que acumula água, o agente orienta que, ao repor água, a borda dos baldes e recipientes sejam lavadas porque podem ter ovos do mosquito. “Da larva para o mosquito, é de cinco a sete dias, dependendo da temperatura ambiente. O calor da nossa região é muito propício à proliferação do mosquito, quanto mais quente, mais rápido ele deixa a fase de larva. E é nas bordas e superfícies de água que os ovos são colocados”, aponta.
Antônio comenta ainda sobre as pias localizadas nos quintais sem cobertura. “Não se deve deixar a pia tampada, pois se chover ali pode acumular durante a viagem também. Os pratinhos das plantas devem ser cobertos de areia ou retirados”, finaliza.
Fonte: Jornal O DIA
Tags: aedes aegypti, dengue, saúde, zika