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Cinco dicas de como cuidar dos ouvidos com segurança

Publicado por Sorrir de Novo em Otorrinolaringologia | 0 comentários

Especialista do Hospital CEMA esclarece as principais dúvidas sobre o assunto e ensina a manter a saúde de um dos órgãos mais importantes do corpo humano

Ele é responsável por dar som ao mundo. Através dele a comunicação humana torna-se mais efetiva. No entanto, as pessoas dão pouca atenção para ele, o ouvido. Sem saber bem quais cuidados devem ser adotados, muitos pecam pela falta de informação sobre o assunto. Pode usar cotonete? O que fazer caso entre água no ouvido? Qual o volume máximo permitido para evitar danos à audição? Assoar o nariz com força pode infeccionar o ouvido? Qual a forma correta de limpá-lo?
O otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama, esclarece abaixo essas e outras dúvidas.

Uso de cotonete

Menos é mais. As hastes flexíveis não são necessárias para fazer a limpeza do ouvido. Ao contrário, elas são até prejudiciais. A cera que existe na região é importante para proteger o tímpano e evitar que partículas agressoras entrem no canal auditivo. “Um dos fatores que podem causar perfurações traumáticas da membrana timpânica são objetos introduzidos pelo conduto auditivo externo, como o cotonete”, comenta o médico. Quem faz questão de utilizar tais acessórios, deve usá-los apenas na parte externa do canal auditivo, nunca dentro dele. O melhor a fazer nesses casos é limpar os ouvidos com uma toalha limpa e nada mais.

É possível ficar surdo por causa de sons altos?

Sim, é possível, mas a longo prazo. Para mensurar o tempo que uma pessoa pode perder a audição causada pelo barulho excessivo deve-se saber o grau da intensidade em decibéis. O médico explica que ruídos acima de 85 decibéis (equivalente ao barulho de um liquidificador ligado) em 60 minutos ininterruptos é o limite para evitar danos à saúde. A partir disso, as células da região são afetadas e morrem. Os fones de ouvido, por exemplo, podem atingir 100 decibéis, uma danceteria, 115 e uma sirene, 120.

Água no ouvido é prejudicial?

“A simples entrada de água nos condutos auditivos não causa problema, porém o contato direto com a água, sem que haja um restabelecimento, pode causar processos inflamatórios em toda a pele que reveste a parte externa dos ouvidos”, ressalta o especialista. Pessoas que ficam muito tempo na água, como é o caso dos profissionais que trabalham em ambientes aquáticos, devem redobrar os cuidados, pois a presença de umidade persistente pode causar lesões e propiciar processos infecciosos. A dica, nesses casos, é usar protetores auriculares e consultar um profissional, caso desconfie de possíveis lesões no conduto auditivo ou na membrana timpânica.

Assoar o nariz pode provocar dor de ouvido?

“Sim. Ao assoar o nariz com força as secreções originadas na cavidade nasal podem atingir o ouvido e provocar uma inflamação”, ressalta. Isso acontece por que há comunicação entre o ouvido e o nariz, por meio da tuba auditiva.

O bebê pode desenvolver otite, caso seja amamentado deitado?

Sim. A tuba auditiva (canal de comunicação entre o ouvido e o fundo do nariz) das crianças pequenas tem uma posição mais horizontal que a dos adultos, o que as torna mais suscetíveis a processos infecciosos quando submetidas à ingestão de líquidos em posição horizontal.

O que, afinal, pode causar dor de ouvido?

“Os processos infecciosos são os maiores causadores da dor, porém não devemos esquecer que as alterações na articulação temporomandibular (ATM), dentes e faringe podem também causar dores no ouvido, devido a grande proximidade com a orelha”, conclui o médico.

Fonte

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