As incertezas causadas pela pandemia do novo coronavírus estão levando muitas pessoas a um sofrimento psíquico. O medo relacionado à perda da renda, a possibilidade de ficar doente, ou, ainda, de perder um ente querido tornam o isolamento social uma situação ainda mais desagradável. Como resultado, quadros de depressão, ansiedade e estresse crônico estão se tornando cada vez mais frequentes.
Por essa razão, o Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) resolveu investigar o tema. De acordo com a pesquisa, os casos de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80% durante o isolamento. Além disso, os casos de depressão tiveram um aumento de quase 50%.
A pesquisa realizada pela UERJ foi publicada no periódico internacional The Lancet e retrata um período de pouco menos de um mês. Ou seja, com o isolamento sendo estendido e a pandemia se agravando cada vez mais, esses números devem continuar subindo.
Acima de tudo, alguns fatores foram apontados como os principais fatores de risco para as doenças psicológicas no período. Por exemplo, no caso da depressão, a idade mais avançada e o baixo nível de escolaridade seriam fatores de alerta. Igualmente, as mulheres seriam mais propensas a sofrerem com a ansiedade e o estresse do que os homens.
Alerta para a depressão
Anteriormente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) havia estimado, em 2018, que em 2020 a depressão seria considerada a doença mais incapacitante do mundo. Embora essa confirmação não tenha chego por parte dos especialistas, é inegável que a depressão, a ansiedade e o estresse são cada vez mais presentes no dia a dia dos brasileiros.
Felizmente, mesmo durante a pandemia, ainda há opções para quem sofre com esses quadros. Segundo a pesquisa, aqueles que recorreram à psicoterapia on-line conseguiram reduzir os índices de ansiedade e estresse. A prática de atividades físicas também ajudou aqueles com depressão.