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Consultas em psicólogos dobram
Publicado por Sorrir de Novo em Psicologia | 0 comentários
Transtornos de ansiedade, alimentares, depressão, vício em drogas e bebidas têm crescido e requerem ajuda profissional
Por Camila Lima e Francine Spinassé para o tribunaonline.com.br
Nunca se falou tanto em saúde mental como nos últimos meses. Transtornos de ansiedade e alimentares, depressão, vício em drogas e bebidas são cada vez mais crescentes e requerem ajuda profissional para ser tratado.
Tanto que o número de consulta, pelos planos de saúde, com psicólogos, dobrou nos últimos anos. Os dados inéditos são da “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019”, publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Segundo a análise, nos atendimentos ambulatoriais é contabilizado o número de consultas ou sessões com profissionais de saúde de nível superior não médicos, que estão previstas no “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”, sendo que com psicólogos esse número passou de 10.175.855 em 2014, para 20.982.540 em 2019, um percentual de 106,02%.
O IESS elaborou o documento com base nos números do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Para a psicóloga Ana Gatto, esse aumento de consultas representa que a terapia está menos elitizada e mais acessível. “As pessoas estão tendo mais acesso, e os planos de saúde têm mais psicólogos credenciados.
Isso tudo contribui para o aumento. Além disso, há uma desmistificação de que psicólogo não é ‘coisa de doida’, e hoje se fala mais sobre terapia”, afirma.
Um dado que chama atenção e, segundo o psicólogo Vinícius Grassi, pode estar contribuindo para este aumento, é o número de pessoas ansiosas. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países com maior percentual de pessoas ansiosas e deprimidas do mundo”.
O psicólogo destaca ainda que o uso excessivo das tecnologias tem levado à procura por ajuda especializada. A psicóloga Rubia Passamai, especialista em saúde coletiva, destaca que as pessoas estão entendendo que terapia deve fazer parte da rotina, não só como tratamento, mas também como prevenção.
“O cuidado com a saúde mental, hoje, deve ser uma prioridade entre as famílias, porque a falta desse cuidado pode provocar transtornos enormes”.